terça-feira, 20 de novembro de 2012

Superliga (F): Análise das equipes para a temporada 2012/2013


Como já é de costume, todo ano antes da Superliga começar, fazemos uma análise para o que pode estar por vir no campeonato. Sem dúvidas será um grande ano da Superliga, muito parecido com a temporada anterior. Na minha opinião, temos 5 grandes equipes: Sollys, Unilever, Sesi, Campinas e Praia Clube. Estas equipes fizeram investimentos maiores do que no ano anterior, mas assim como anteriormente, seguimos com 5 forças no nosso voleibol, devido ao baixo investimento do Minas e fim do Vôlei Futuro. Todas as equipes montaram times bem estruturados, com jogadoras de qualidade, então, a parte tática de cada um deles poderá fazer a diferença. Abaixo, segue uma análise individual das 10 equipes participantes desta edição e também os confrontos, horários e transmissões da primeira rodada:

Sollys/Nestlé Osasco: Levantadoras Fabíola e Karine, opostas Sheilla e Ivna, ponteiras Jaque, Fê Garay, Gabi e Samara, centrais Adenízia, Thaisa e Dani Suco e a líbero Camila Brait. Sem dúvidas é o grande favorito ao título, pela equipe que montou. Todas as jogadoras do elenco titular são de seleção brasileira, além de ter um banco jovem e promissor. 5 campeãs olímpicas, sendo que 4 delas jogaram como titulares nas quadras londrinas. Vejo poucos pontos fracos nessa equipe, já que elas apresentam sempre um passe estável (Jaqueline, Garay e Camila são jogadoras muito boas de passe), e com este fundamento fluindo bem, a levantadora Fabíola precisa se preocupar apenas com a parte técnica individual, pois todas as atacantes tem condições de colocar a bola no chão. Além de tudo, o bloqueio deve ser a grande arma da equipe. Já no campeonato paulista elas colecionaram excelentes atuações neste fundamento. O único ponto fraco que vejo é a defesa. Apenas Jaque e Brait são especialistas no fundamento, enquanto as outras atletas são apenas medianas no fundo de quadra. Na nossa opinião, briga pelo título Principais jogadoras: Sheilla, Thaisa e Jaqueline.

Unilever/SKY Rio de Janeiro: Levantadoras Fofão e Roberta, opostas Pavan e Bruna, ponteiras Natália, Tom, Regiane, Gabi e Amanda, centrais Valeskinha, Juciely, Luciane e Mara e a líberos Fabi e Juju. Não é uma equipe melhor tecnicamente do que o Osasco, mas a organização tática do técnico Bernardinho será essencial para que essa equipe consiga fazer frente ao grande rival. A equipe carioca se reformulou bastante e trouxe peças importantes, e desta vez poderá contar com Natália, recuperada. Creio que esta jogadora terá que dividir a responsabilidade no ataque com a canadense Sarah Pavan, oposta de 196 cm que chegou para substituir Sheilla, agora em Osasco. Pavan é uma jogadora de muito potencial, e com a série de amistosos realizados pelo Unilever, ela já parece estar mais entrosada com a levantadora Fofão, outra atleta de altíssimo nível que volta a jogar nesta temporada. Falando em atletas consagradas, Logan Tom resolverá o problema de passe que tanto intrigou o técnico na temporada passada, e ao lado de Fabi, será responsável pela construção do contra ataque (defesa). A experiência é um ponto positivo, já que 5 atletas da equipe titular (Juciely, Valeskinha, Fofão, Tom e Fabi) já passaram dos 30 anos e tem uma grande bagagem que contrubirá em momentos decisivos. Um ponto negativo, na minha opinião, é o rendimento das centrais. Juciely foi regular na temporada passada e Valeskinha não se saiu nada bem. Entretanto, são grandes atletas e devem estar bem preparadas para este ano. Na nossa opinião, briga pelo título Principais jogadoras: Pavan, Natália e Fofão.

Usiminas/Minas: Levantadoras Claudinha e Marcella, opostas Lia e Lenisse, ponteiras Thaisinha, Thais e Carla, centrais Bárbara, Fê Isis, Gabi, Raquel e Nandyala e as líberos Tássia e Renatinha. Tecnicamente inferior aos últimos três times do Minas. A equipe teve sua renda dividida ao meio e não conseguiu fazer boas contratações, não podendo nem se abrir ao mercado internacional (O Minas, nas últimas três temporadas, teve Nancy Metcalf e Annerys Vargas, Yusleiny Herrera e Nicole Fawecett, Yusleiny Herrera e Daymi Ramirez, respectivamente). A equipe fez 6 amistosos nesse ano e ainda não parece bem estruturada para o próximo ano. Perdeu os 2 jogos para a Unilever, 2 para o Praia Clube e 1 para a seleção infanto-juvenil do Brasil. A única vitória veio no segundo jogo contra as brasileiras. O bloqueio segue sendo uma deficiência, já que o time titular não é tão alto, apresentando uma média de 1,81 m. Nem tudo são pontos negativos... Thais chegou para dar estabilidade no fundo de quadra, Thaisinha e Lia são boas atacantes, e as centrais conseguem rodar algumas bolas. Creio que neste ano, o Minas dependerá ainda mais da talentosa levantadora Claudinha, que com uma distribuição homogênea, pode ajudar a suprir os problemas técnicos do time. Na nossa opinião, não briga pelo título Principais jogadoras: Lia, Thaisinha e Claudinha.

Sesi SP: Levantadoras Dani Lins, Carol Albuquerque e Marcelinha, opostas Elisângela e Jéssica, ponteiras Sassá, Tandara, Suelle e Ingrid, centrais Bia, Fabiana, Marina, Natália, Roberta e Fran, líberos Verê, Michelle e Juliana. O Sesi sofreu com lesões nesse início de temporada. Marina, Elisângela e Sassá sofreram alguns problemas neste início. Suelle se lesionou em um amistoso contra o Unilever e a líbero Michelle segue se recuperando de uma cirurgia na mão. Como a equipe nunca esteve com suas melhores em quadra para serem analisadas, não seria justo falar das atuações passadas. Entretanto, dá para notar que a característica de uma boa defesa, como no ano passado, se manteve, e agora, com a chegada das centrais Fabiana e Bia, o bloqueio está mais bem estruturado. Falando em Bia, ela foi uma grata surpresa para mim. Está jogando muito bem e parece que a levantadora Dani Lins confia bastante nela também no ataque. Creio que nesta temporada a equipe terá uma maior variação de jogadas. Sem dúvidas, pelo menos no papel, está mais forte. Além disso, apresenta um banco muito sólido, com jogadoras que poderiam ser titulares de outras equipes de alto nível, entre elas podemos citar a levantadora Carol Albuquerque, campeã olímpica com a seleção brasileira em 2008. O Sesi é uma equipe experiente, com 4 campeãs olímpicas no elenco titular (Fabiana, Sassá, Dani Lins e Tandara) e também com Elisângela, capitã de 34 anos, bronze nas olimpíadas de Sydney em 2000. Ponto negativo é não ter apresentado uma derrubadora de bola, por enquanto. Na nossa opinião, briga pelo título. Principais jogadoras: Fabiana, Dani Lins e Tandará.

Banana Boat/Praia Clube: Levantadoras Camila Torquette, Camilla Adão e Ju Carrijo, opostas Monique e Nicole, ponteiras Michelle, Herrera, Dayse e Sara, centrais Letícia Hage, Dani Scott, Mayhara e Angélia, líberos Arlene e Alice. O Praia sofreu na temporada passada com a carência de uma definidora no ataque e um bloqueio mais efetivo. Os problemas parecem ter acabado. Com mais dinheiro em caixa para investir, a diretoria montou um time de muita qualidade, com jogadoras experientes como Dani Scott, central de 40 anos, vice em Londres, além da maior pontuadora da temporada passada, cubana e ponteira Yusleiny Herrera. Acredito bastante nessa equipe do Praia, que tem um time mesclado, com algumas jovens muto talentosas, mas também com meninas que na hora do "aperto", tem condições de chamar a responsabilidade. Vale a pena elogiar também o trabalho que o técnico Spencer Lee e toda comissão técnica vem fazendo durante esta temporada. Muita qualidade e um investimento alto, mas que não compromete o futuro do time nas próximas temporadas. Na nossa opinião, inicialmente briga para ficar entre os 4 primeiros, mas dependendo do desempenho da equipe durante a competição, elas podem ganhar confiança e tem elenco para levantar o caneco da Superliga. Na nossa opinião, briga pelo título. Principais jogadoras: Herrera, Leticia Hage e Dani Scott.

São Bernardo: Levantadoras Ana Cristina e Kátia, opostas Renatinha e Duda, ponteiras Maso, Thais, Vivi e Fernanda, centrais Ednéia, Giovanna, Renata, Marjorie e Dalliane, e as líberos Ana Paula e Teny. Incógnita. O São Bernardo tem uma boa equipe, que tem condições de fazer bons jogos, mas ao mesmo tempo, existe a possibilidade de não se encaixar. Apenas a líbero Ana Paula será titular neste ano, e por isso a equipe ainda requer mais de tempo para reforçar o entrosamento. Ednéia e Giovanna são centrais experientes que podem ajudar. O mesmo para a levantadora Ana Cristina, ex-Vôlei Futuro, que faz campeonatos sólidos. A grande novidade fica na contratação da jovem Maso Casales, ponteira cubana que terá a responsabilidade de fazer a maior parte dos pontos ao lado da oposta Renatinha, repatriada pela equipe para esta temporada. Renatinha fez bons jogos no Paulista e parece estar readaptada ao estilo do voleibol brasileiro. Experiência será um ponto a favor, mas a parte técnica da equipe ainda fica devendo. Assim como na temporada passada, o clube não deve ter grandes objetivos neste ano. Na nossa opinião, não briga pelo título, mas deve se classificar para os playoffs. Principais jogadoras: Maso, Renatinha e Ana Cristina.

Pinheiros: Levantadoras Macris, Yslany e Naiane, opostas Andréia e Sabrina, ponteiras Glauciele, Silvana, Ellen, Ciça, Natália e Kassiely, centrais Carol, Lara e Tamires, líbero Léia. Pelo segundo ano consecutivo com baixos investimentos, o Pinheiros contratou jovens e algumas jogadoras mais experientes, como Ciça e Andréia. O objetivo do time é jogar um bom voleibol e tentar ficar entre os 8 primeiros, conseguindo assim uma vaga nos playoffs. Equipe muito jovem e sem experiência, mas aos poucos vai se soltar na competição e alcançar um bom nível para tentar jogar de igual para igual com os demais times. Já neste ano, o Pinheiros ficou entre os 4 melhores do Paulista, deixando para trás o São Caetano e São Bernardo, para se juntar ao Sesi, Campinas e Sollys, grandes times do voleibol paulista que fizeram a semifinal neste ano. Um dos principais problemas, já apresentados no Paulista, é a falta de experiência em momentos decisivos dos sets, mas um ponto positivo é a excelente defesa que essas meninas vem apresentado, além da força de vontade que elas demonstram sempre em quadra. Na nossa opinião, não briga pelo título, mas briga para participar dos playoffs. Principais jogadoras: Andréia, Carol e Ellen.

Rio do Sul: Levantadoras Ananda e Flavinha, opostas Wime e Vanessa, ponteiras Neneca, Elis, Ju Odilon e Priscila, centrais Paula Barros, Camila Paracatu, Edna e Claudia, líbero Nine. Já no ano passado, com uma equipe menos conhecida e inferior taticamente, o Rio do Sul conseguiu dificultar a vida dos adversários e fez bons jogos, beliscando sets dos grandes times do voleibol brasileiro, entre eles Sesi e Unilever. Na ocasião, Mayhara e Ellen eram as principais jogadoras, e agora, deixaram o time. Entretanto, boas jogadoras ficaram, e outras meninas de qualidade foram contratadas. Entre elas cito as ponteiras Ju Odilon, Neneca e Elis, que embora baixas, são muito boas para a composição de um time, além de terem um bom ataque. Meninas experientes como a Edna (que jogou no Blausiegel/SC ao lado de Sheilla e cia em 2008/2009) também foram contratadas, além da talentosa Camila Paracatu como reforço no meio de rede. Se jogarem bem taticamente, podem dar trabalho. Se forem obedientes taticamente, não será um time fácil de jogar contra, ainda mais quando elas estiverem jogando naquele ginásio lotado de pessoas apaixonadas por voleibol na cidade de Rio do Sul. Na nossa opinião, não é favorito ao título e briga para jogar os playoffs. Principais jogadoras: Ju Odilon, Neneca e Paula Barros.

São Cristóvão Saúde/São Caetano: Levantadoras Jordane, Carol, Mariana, opostas Rosamaria, Dani, Aline, Ana Paula e Isadora, ponteiras Natiele, Isabela e Domingas, centrais Aline, Carla, Ângela Moraes, Simone e Anny, líberos Marcinha, Dalila e Tatiane. O São Caetano fez boas contratações individuais para a temporada, mas tem poucas ponteiras com qualidade de serem titulares e por isso devem improvisar algumas jogadoras opostas na função. O técnico Hairton Cabral tem opções de montar um time forte e competitivo, sendo que neste ano elas já levaram o título da Liga Nacional. Espero que ele aproveite o potencial de algumas jogadoras jovens, com o de algumas atletas mais experientes. Rosamaria, destaque nas seleções de base, deve ser mais aproveitada neste ano e isso será importante para o crescimento da atleta. Interessante também o retorno de Ângela Moraes, que será a capitã da equipe. A central estava fora desde 2007 e retorna ao voleibol para contribuir com toda sua bagagem ao jovem time. Creio que elas tem chance, se conseguirem encontrar uma boa base titular, de surpreender alguns times de maior investimento. Na nossa opinião, não é favorito ao título e briga para jogar os playoffs. Principais jogadoras: Ângela Moraes, Carla e Rosamaria.

Amil Campinas: Levantadoras Fernandinha, Pri Heldes e Rosane, opostas Ramirez e Ju Nogueira, ponteiras Vasileva, Pri Daroit e Soninha, centrais Walewska, Natasha, Renata e Andressa, líberos Suelen e Killara. Esta sim é a grande novidade para a temporada 2012/2013. A equipe campineira, dirigida por Zé Roberto Guimarães, tricampeão olímpico, está em seu primeiro ano e já conseguiu uma prata no Campeonato Paulista. A equipe contratou a já ambientada Ramirez, além da búlgara Vasileva, que serão as estrangeiras da equipe. A equipe apresentou um bom ataque e defesa no Paulista, mesmos em Vasileva e Soninha, e a tendência é que evolua cada vez mais. Fernandinha é uma excelente levantadora e deve ditar o ritmo da equipe, que também conta com as excelentes centrais Walewska e Fernandinha. No geral, é um time sólido, mas com algumas deficiências no banco de reservas. O passe deve ser o principal problema da equipe, já que as ponteiras não são especialistas no fundamento, nem a falsa oposta (jogadora que ataca pela saída mas participa do passe) Ramirez é tão boa de passe. Zé precisa trabalhar mais com suas jogadoras na recepção. Vale lembrar que a experiente Soninha, um dos destaques da temporada passada, só deve retornar no final do janeiro ou meados de fevereiro, o que deixa a equipe ainda mais sem opções. Como bom técnico que é, Zé deve encontrar soluções para deixar sua equipe estável em todos os fundamentos. Sem dúvidas é um time que briga para estar entre os 4 primeiros e também para vencer a SL. Principais jogadoras: Vasileva, Walewska e Ramirez.

1 rodada (23 de novembro/sexta-feira):

18:00 - Sesi SP x Esporte Clube Pinheiros

19:30 - Banana Boat/Praia Clube x São Bernardo

19:30 - São Cristóvão Saúde/São Caetano x Unilever

20:00 - Usiminas/Minas x Rio do Sul

21:00 - Sollys Nestlé/Osasco x Amil Campinas

Deixe seus palpites dos resultados dos jogos nos comentários e também a sua análise de cada equipe!

5 comentários:

  1. Boa analise sobre os times, eu apesar de acreditar que o Osasco tem o melhor time, ainda acredito na Unilever para o título desse ano.

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    1. O Osasco é um time muito bom, muito mesmo, mas se o Unilever souber trabalhar o potencial da Pavan (o que é fácil para um técnico como o Bernardinho) e a Natália voltar a jogar bem, ctz terão muitas chances tb. Só não gosto muito da Valeskinha, acho que tinham centrais melhores... Além do RJ, acho que o Sesi e Campinas tb entram na briga e o Praia corre por fora.

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    2. Em relação ao Sesi concordo com a sua analise quando diz que a Tandara poderia ser utilizada como ponteira, apesar do ultimo jogo a Ingrid tem feito uma boa partida. Campinas é um time que se manter a regularidade, pode brigar pelo campeonato, o Praia ainda não vi jogar, mais acompanhei as noticias sobre contratações, mais bom de tudo isso é que teremos mais um ano com um bom campeonato.

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    3. A Ingrid fez uma bela partida, mas eu creio que as coisas precisam ser colocadas no lugar. Esse jogo contra o Pinheiros, se a Tandara estivesse como titular, seria muito importante para a confiança do grupo e também da jogadora. A Ingrid é muito boa, porém jovem, e em jogos contra grandes adversários, ela pode se intimidar e daí o Sesi terá Tandara sem ritmo de jogo. Vamos ver o que o Talmo fará amanhã contra o Rio do Sul!

      Sobre o campeonato, eu acho muito bom esse equilíbrio. Creio que o Campinas e Sesi podem brigar, só precisam "encaixar" o time, já que o Sesi é um time bem reformulado e o Campinas faz sua primeira temporada! Vamos ver no que dá ;)

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    4. Concordo com voce, na própria semifinal com o campinas no campeonato paulista, o time de Sesi sentiu o jogo. E não sei qual a sua opinião, mais acredito que o time do campinas se conseguir encaixar um jogo, como desenvolve hoje o Osasco, poderá ser superior que o time do Sesi.

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